Entenda sobre Neuromarketing e como usar essa estratégia no seu negócio
29 de julho de 2020Em meio a estratégias de marketing que visam um processo de compra mais natural e com maior autonomia por parte do cliente, como o Marketing de Conteúdo, o marketing sensorial é mais uma excelente alternativa a ser considerada.
Ao explorar os sentidos de uma pessoa (sim, aqueles cinco que aprendemos no colégio), a possibilidade de fechar negócio e gerar resultado é muito maior.
Durante o processo de compra, o cliente entra em contato com o produto de formas muito mais complexas e impactantes, não se mantendo restrito em visualizá-lo em uma gôndola ou anúncio online.
Quer saber como gerar resultados com esta estratégia? Você vai se surpreender com o poder do marketing sensorial!
O que é o marketing sensorial?
O marketing sensorial é uma estratégia que tem como objetivo estimular os cinco sentidos do corpo humano, que são:
- tato;
- olfato;
- paladar;
- visão;
- audição.
Assim, cada um deles contribui para criar a atmosfera perfeita de vendas e desenvolver uma espécie de funil focado na subjetividade.
O olfato, paladar e a audição, por exemplo, não estarão ligados diretamente com o seu negócio: a ideia não é comprar um carro de som ou desenvolver um jingle para vender certo produto, mas sim despertar a necessidade em fazer a compra a partir de estímulos capazes de causar bem-estar, desejo e impulso (positivamente falando).
Eles podem ser desenvolvidos em conjunto — trabalhando com todos os sentidos de maneira harmônica — ou separadamente, ao selecionar aqueles que fazem sentido dentro das possibilidades de um negócio.
Como os cinco sentidos atuam na prática?
Agora que você entendeu os principais pontos do marketing sensorial, é hora de visualizar, especificamente, como cada um dos cinco sentidos atua na estratégia.
Olfato
O olfato é um dos sentidos mais poderosos na hora de construir a “personalidade sensorial” da sua marca. Afinal, cheiros remetem a lembranças e, quando bem trabalhados, são associados de forma praticamente instantânea por parte do cliente.
No caso de empresas que trabalham com a oferta de alimentos, uma boa ideia é fazer com que o ambiente entre em harmonia com os produtos: seja uma padaria que desperte a vontade de comer um pão quentinho no meio da tarde ou uma loja de sorvetes com fragrâncias incríveis dos sabores mais vendidos, por exemplo.
Quando o negócio não trabalha com alimentos, a estratégia pode parecer mais difícil. Afinal, como definir o cheiro de uma marca? Porém, na prática, a resposta provavelmente já existe, mas nunca foi explorada.
Se a sua empresa tem estratégias de branding definidas, você sabe muito sobre quem é a sua marca, como ela se porta e qual imagem quer passar para o mercado.
A partir daí você pode, por exemplo, selecionar aqueles aromas que, quando unidos com o nome e ponto de venda da marca, se tornarão inesquecíveis. Lojas de utensílios para surfistas, por exemplo, podem aproveitar da atmosfera praiana e aplicar fragrâncias que façam referência ao mar, sol e brisa.
Paladar
O marketing sensorial é explorado até mesmo por empresas que não conhecem a estratégia, e o paladar é forte exemplo disso.
Pense em uma clínica de estética, médica ou salões de beleza: muitos deles dispõem de água, café e algum lanchinho para o cliente. Dessa forma, a sensação de espera — que é um dos fatores negativos em estar naquele lugar — é despistada e transformada em algo mais agradável.
Use a criatividade e desdobre a ideia para a realidade do seu negócio, seja ele qual for. É simples e prático!
Visão
A visão é um sentido poderoso quando trabalhamos com o reconhecimento de marca.
Quando lembramos dos conceitos de identidade visual, estamos justamente afirmando a necessidade de criar uma unidade para a marca: assim, sempre que o cliente ver cores, fontes ou formas, se lembrará de você.
É o exemplo do McDonalds ou da Coca-Cola: a combinação de cores vermelho + amarelo e vermelho + branco foram tão bem utilizadas pelas duas marcas, que são sempre muito associadas com elas de forma avulsa e aleatória, sem necessidade de qualquer apresentação do negócio.
Pensando no ponto de venda, é igualmente importante trabalhar com uma unidade. A vitrine, decoração e disposição dos móveis faz com que diversas sensações de estímulo de compra sejam despertadas.
Estratégias de redes de supermercados, por exemplo, falam muito sobre o poder da visão: todas as gôndolas são posicionadas de forma bem pensada para que as chances de se fechar negócio sejam maiores.
Tato
O tato pode parecer um pouco mais difícil de ser explorado, mas é um outro exemplo de estratégia muitas vezes desenvolvida sem saber da existência do marketing sensorial.
Quando pensamos nos móveis de um ponto de venda, seja ele qual for, é preciso analisar aspectos ergonômicos, de conforto e aconchego.
Imagine a sala de espera de um consultório de dentista repleta de cadeiras desconfortáveis? Ou o provador de uma loja pequeno, quase que claustrofóbico e sem espaço para que a pessoa se movimente e tenha uma boa experiência de compra?
Além dos móveis, ter contato real com o produto faz toda a diferença. Sentir o tecido de uma roupa, experimentar a maquiagem na própria pele, entrar em um veículo e tocar no volante são exemplos de ações que são desenvolvidas justamente para aguçar o estímulo do tato e dar um gostinho daquele produto para o cliente.
Audição
A audição, junto com o olfato, é uma ótima ferramenta de associação subjetiva.
Lembra das tradicionais músicas de elevador? Elas funcionavam para transformar a experiência, que por muito tempo foi nova, em algo mais agradável — afinal, a ideia de permanecer alguns segundos dentro de uma “caixinha” poderia parecer um pouco desconfortável.
O mesmo acontece nas tão citadas salas de espera: nada mais chato (e constrangedor, algumas vezes) do que aguardar por um serviço em um local completamente silencioso.
Uma boa estratégia de estímulo da audição é criar playlists pensando no seu público: se o target são consumidores jovens, capriche nas paradas do momento e bandas apreciadas atualmente.
Se estamos falando de executivos importantes, ao contrário da playlist citada anteriormente, é necessário ter mais restrição em relação ao que será tocado, afinal uma escolha errada pode deixar o ambiente completamente desconfortável.
Além da escolha do que será tocado e ouvido, é importante decidir como. Aspectos como volume e disposição das caixas de som devem ser estudados e podem ser aplicados de forma específica de ambiente para ambiente.
Como o marketing sensorial e o neuromarketing estão conectados?
O neuromarketing é uma vertente de pesquisa que se propõe a entender padrões e comportamentos de compra a partir de estudos neurológicos. Com esses padrões, é possível identificar as áreas do cérebro responsáveis pela tomada de decisão por parte do consumidor.
O marketing sensorial, por sua vez, busca colocar formas práticas de unir a compra propriamente dita aos gatilhos mentais que facilitam o processo.
Enquanto o neuromarketing descobre que o poder de compra é potencializado no cérebro por uma categoria específica de cheiros e sons, o marketing sensorial busca aplicar o estudo na realidade de um ponto de venda.
Vamos exemplificar: um estudo divulgado pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo afirma que a luminosidade pode ser um empecilho na hora de comprar roupas. Quando a luz é direta, o cliente começa a reparar em detalhes da própria estética, o que influencia negativamente a compra.
A partir desse estudo, que tem como base as reações e comportamentos do cérebro, o marketing sensorial é responsável, então, por aplicar a melhor opção de luz e disposição do provador, tudo isso com o objetivo de favorecer o negócio.
Quais são os principais benefícios e por que adotar a estratégia?
De forma geral, os principais benefícios do marketing sensorial são:
- criar vínculos emocionais com o consumidor;
- explorar os produtos além do óbvio;
- estimular o desejo de compra, sem a necessidade de “empurrar” produtos;
- fidelizar e encantar clientes;
- desenvolver uma identidade (e unidade da marca) inovadora e única.
Sobre os principais motivos, todos já estamos cansados de saber do poder da “nova publicidade” e que aquele investimento em mídia paga dentro da grade de uma emissora de televisão, além de ser caríssimo, pode ser substituído facilmente por estratégias que envolvam o Marketing de Influência, por exemplo.
Sabemos também que até mesmo os benefícios causados pela transformação digital geraram um aumento na competitividade do mercado e na necessidade de gerar estratégias cada vez mais pesadas de retenção e atração de um cliente.
Por isso, como conquistar a confiança do público na era da informatização? Criando experiências genuínas.
Mais do que apresentar um produto e listar todos os seus benefícios, é possível fazer com que eles sejam compreendidos pelo próprio indivíduo sem que a marca precise dizer uma palavra se quer.
Ao estimular sensações de aconchego, bem-estar e positividade, a marca cria uma atmosfera favorável para o fechamento de negócio.
Cria também ambientes e situações propícias para que o cliente lembre-se dela aonde estiver: ao ouvir certo tipo de música, sentir um cheiro específico ou visitar locais que tenham semelhança com a estratégia visual da marca, a lembrança é instantânea e constante.
Apesar de o marketing sensorial ser uma estratégia poderosa na hora de gerar vendas, é preciso ter em mente que todo plano de ação se torna ainda melhor quando bem complementado. Acesse nosso material sobre Marketing Digital para PMEs e comece a potencializar os resultados do seu negócio agora mesmo!
FONTE: ROCKCONTENT